segunda-feira, 9 de maio de 2016

QUE HORAS ELA VOLTA





Neste sábado dia 30, para homenagear as empregadas domésticas no seu dia (27 de abril), o dia do trabalhador (primeiro de maio) e o dia das mães (sete de maio),  exibimos de novo o filme Que horas ela volta, de Anna Muylaert,  desta vez  no centro cultural e apôs ter feito a divulgação nas series de adolescentes das cinco escolas mais próximas que sempre visitamos, estimulando eles a convidar suas mães trazendo-lhas para o cineclube.



A freqüência foi menor porque, além de ter sido projetado na praça um mês atrás, este filme já foi exibido na televisão pela Globo e algumas mães já tinham assistido. Também porque consideramos que o esforço das mães por trazer seus filhos  é maior que ao inversa - quando se trata de que os filhos tragam as mães - pelo fato que vieram mais adolescentes mulheres do que mães.



Mas as poucas mães presentes protagonizaram um debate rico que interessou aos adolescentes. Todas acharam a problemática das relações sociais muito bem representada na casa da família da elite paulista onde trabalha Regina Casei. Uma mãe se identificou com o papel representado por Regina Casei de doméstica nordestina e mãe de uma filha que passou vestibular, pois sendo das classes populares e ainda negra conseguiu entrar na UFBA quando não existiam quotas e negros eram minoria nas universidades publicas.


Outra mãe ressaltou a influencia que, no filme,  exerceu o professor de historia na formação da consciência crítica da filha, que não aceitava, e questionava a mãe o tempo tudo, o tratamento desigual dado pela patroa, disfarçado das relações cordiais que caracterizam a sociedade brasileira.


A qualidade do debate conduzido pelas mulheres interessou ao publico presente, composto também por homens - companheiros e filhos, evidenciando que no cineclube quantidade não garante a qualidade.



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