segunda-feira, 11 de abril de 2016

O MENINO E O MUNDO


Sábado 9 de abril exibimos o filme de animação brasileira indicado para o Oscar de 2016  O menino e o mundo, de Ale Abreu. A divulgação foi feita em seis escolas de ensino fundamental, três publicas e três privadas, com a distribuição de um total de 700 panfletos. Como resultado tivemos a freqüência maior – ao redor de 70 espectadores, entre crianças e pais, que corresponde ao 10% dos convites.




Pela complexidade do filme,  fizemos uma breve introdução a esta forma diferente de fazer animação, chamando a atenção primeiramente para a técnica simples usada nos desenhos: com aquarela, giz e lápis  de cores; seguidamente, falamos da linguagem mágica usada no filme, que não se serve da fala mas da musica  e o jogo de geometria e formas coloridas que nos convidam a imaginar a historia.


Finalmente, apresentamos um breve resumo da historia narrada no filme - a visão do mundo através dos olhos de um menino na procura do pai que tem que migrar do campo para a cidade- com a temática atrás da historia: a evolução de uma vida natural próxima da natureza no campo, para uma vida mecanizada, barulhenta e poluída na cidade, sempre com a exploração da mão de obra assalariada e o problema de emprego.


Perante a dispersão de algumas crianças de uma platéia que certamente assistia por primeira vez um filme dessa complexidade e ainda não falado, optamos por ir acompanhando o filme com explicações sobre aquelas cenas mais complexas.


Mas em geral O Menino e o mundo captou a atenção da platéia e no debate tivemos a surpreendente interpretação de uma mãe – sobre como o menino guardou numa caixa a musica que o pai tocava na flauta para ajudá-lo a  procurar ele – e de uma menina pequena, muito apegada ao pai, segundo explicou a mãe, que ficou o tempo tudo preocupada, tanto quanto o protagonista do filme, no encontro do menino com o pai.















Estes anedotas confirmam o que o diretor do filme já tinha experimentado: que, apesar da sua complexidade, o filme pode cativar a um publico de todas as idades.




Porque, no final das contas, O menino e o mundo somos todos nos no mundo !!!!






segunda-feira, 4 de abril de 2016

Cineclube para as mães na praça


Neste sábado 2 de abril, numa sessão extra e especial para as famílias contemplada em nosso projeto, levamos o cineclube para a praça central de Itaparica, a praça  da Quitanda - em comemoração do aniversario de Sukita, moradora e liderança da praça, quisemos presentear esta guerreira e todas as guerreiras de Itaparica com o filme Que horas ela volta, de Anna Muylaert. Inclusive estávamos junto ao busto do famoso escritor itaparicano João Ubaldo Ribeiro  e frente ao muro de suas obras.

Foi uma sessão experimental, para testar como seria projetar filmes em espaços públicos abertos, onde a luminosidade publica é  um fator que deve ser bem estudado na hora de projetar filmes, assim como o tema tratado pelo filme, o tipo de filme. Espaços abertos podem dispersar a atenção de filmes lentos que convidam para a reflexão, dificultando o debate.


O filme, de Anna Muylaert, que narra a vida de Val, interpretada por Regina Casé - uma nordestina que trabalha como empregada doméstica para uma família da elite paulistana – merece um lugar mais recolhido que acompanhe a profunda reflexão sobre o abismo ainda existente entre as classes na sociedade brasileira, que convida inclusive a refletir sobre o momento político delicado pelo que está  passando o Brasil atualmente. Projetaremos novamente o filme no Centro de Cultura e Ética, que  está se consolidando como  o cinema de Itaparica. Cinema gratuito e reflexivo - cultura e ética